Escoamentos
a. Classificação
de escoamentos
1) Escoamento
tridimensional: O vetor velocidade depende de
três variáveis espaciais.
2) Escoamento
bidimensional: O vetor velocidade depende de
somente duas variáveis espaciais.
3) Escoamento
unidimensional: O vetor velocidade depende só de
uma variável espacial.
b. Escoamentos
Viscosos e Não- Viscosos
1) Escoamento
não-viscoso: Efeitos viscosos não influenciam
significativamente o escoamento.
2) Escoamento
viscoso: Os efeitos da viscosidade são
significativos.
3) Escoamentos
externos: Escoamentos exteriores a um corpo.
4) Camada-limite:
Uma região fina anexa ao contorno sólido na qual
os efeitos da viscosidade estão concentrados.
c. Escoamentos
Laminares e Turbulentos
1) Escoamento
laminar: é definido como aquele no qual o fluido
se move em camadas, ou lâminas, uma camada
escorregando sobre a adjacente havendo somente
troca de quantidade de movimento molecular.
Qualquer tendência para instabilidade e
turbulência é amortecida por forças viscosas de
cisalhamento que dificultam o movimento relativo
entre as camadas adjacentes do fluido. Um
escoamento sem mistura significativa de
partículas, mas com tensão tangencial viscosa
significativa.
2) Escoamento
turbulento: é aquele no qual as partículas
apresentam movimento caótico macroscópico, isto
é, a velocidade apresenta componentes
transversais ao movimento geral do conjunto ao
fluido. O escoamento turbulento apresenta também
as seguintes características importantes:
Irregularidade
Difusividade
Altos números de
Reynolds
Flutuações
tridimensionais (vorticidade)
Dissipação de
energia
Contudo, o
escoamento turbulento obedece aos mecanismos da
mecânica dos meios contínuos e o fenômeno da
turbulência não é uma característica dos
fluidos, mas do escoamento. O escoamento varia
irregularmente, de modo que as quantidades
exibem uma variação aleatória.
d. Experiência de
Reynolds (1883)
Por meio deste
experimento Reynolds pode evidenciar a diferença
qualitativa entre o escoamento laminar e
turbulento. O experimento consistia em
introduzir um fio de líquido colorido no centro
de um tubo através do qual o mesmo líquido, sem
corante, escoava com uma velocidade controlada.
A baixas velocidades de escoamento, o fio de
líquido colorido permanecia reto e contínuo pelo
comprimento do tubo e quando certa velocidade
crítica era atingida, a linha colorida era
violentamente agitada e sua continuidade
destruída por curvas e vórtices, revelando assim
fluxo turbulento.

e. Número de
Reynolds:
Quando
a velocidade de um fluido que escoa em um tubo
excede certo valor crítico, o regime de
escoamento passa de laminar para turbulento,
exceto em uma camada extremamente fina junto à
parede do tubo, chamada camada limite, onde o
escoamento permanece laminar. Além da camada
limite, onde o escoamento é turbulento, o
movimento do fluido é altamente irregular,
caracterizado por vórtices locais e um grande
aumento na resistência ao escoamento. O regime
de escoamento, se laminar ou turbulento, é
determinado pela seguinte quantidade
adimensional, chamada número de Reynolds:
=> como
n = m/r
=> logo

Em que D e V são o
diâmetro e a velocidade características,
respectivamente, e
n
é a viscosidade cinemática (m
/ r).
f. Número de
Reynolds crítico: O número de Reynolds acima do
qual um escoamento laminar torna-se instável,
propiciando a existência do escoamento
turbulento.
Re < 2000 -> o fluxo é
laminar
2000< Re < 2400 -> o fluxo
é de transição
Re > 2400 -> o fluxo é
turbulento
9.3.2. Vazão em
volume
Vazão em Volume
é o volume de fluido que escoa através de uma
certa seção em um intervalo de tempo

9.3.3. Vazão em
massa
Vazão em Massa
é a massa de fluido que escoa através de uma
certa seção em um intervalo de tempo

9.3.4. Vazão em
peso
Vazão em peso
é o peso de fluido que escoa através de uma
certa seção em um intervalo de tempo

9.3.5. Equação
da continuidade para regime permanente
No regime
permanente a massa em cada seção é a mesma

Fluido
incompressível: No caso em que o fluido é
incompressível, como a sua massa específica é
constante, a equação da continuidade poderá
então ser escrita:

Portanto, se o
fluido é incompressível a vazão em volume á a
mesma em qualquer seção. A partir desta equação
pode-se obter a relação de velocidades em
qualquer seção do escoamento.

Portanto, a
velocidade é maior nas seções de menor área.
EXERCÍCIOS
RESOLVIDOS
Exercício R.9.3.1.
Na tubulação convergente da figura, calcule a
vazão em volume e a velocidade na seção 2
sabendo que o fluido é incompressível.


A vazão em volume
é:

Exercício R.9.3.2.
Ar escoa em um tubo convergente. A área da maior
seção do tubo é 20 cm2 e a da menor
seção é 10 cm2.
A massa específica do ar na seção (1) é 0,12 utm/m3
enquanto que na seção (2) é 0,09 utm/m3.
Sendo a velocidade na seção (1) 10 m/s,
determinar a velocidade na seção (2) e a vazão
em massa.
Como o ar é um
fluido compressível, a equação da continuidade
é:

EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
Exercício P.9.3.1.
Água é descarregada de um tanque cúbico de 5 m
de aresta por um tubo de 5 cm de diâmetro
localizado na base. A vazão de água no tubo é 10
L/s. Determinar a velocidade de descida da
superfície livre da água do tanque e, supondo
desprezível a variação de vazão, determinar o
tempo que o nível da água levará para descer 20
cm.
Respostas: 4. 10-4
m/s; 500 s
Exercício P.2.3.2. Dois
reservatórios cúbicos de 10 m e 5 m de aresta,
são enchidos por água proveniente de uma mesma
tubulação em 500 s e 100 s, respectivamente.
Determinar a velocidade da água na tubulação
sabendo que o seu diâmetro é 1,0 m. Resposta:
4,3 m/s.
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